Bem-estar sexual sustentável: conheça o Mercado de Produtos Eco Friendly
Você faz a sua parte por um mundo melhor no seu dia a dia? Separa seu lixo, reduz seu consumo de plástico, exerce o consumo consciente? Faz tudo isso? E se a gente te falar que a rotina sexual também impacta o meio ambiente, você acredita?
Para isso temos duas notícias, uma boa e outra ruim. A boa notícia é que o ato sexual em si não é nada ruim para o meio ambiente. A má notícia é que o que você usa durante ele pode não estar fazendo muito bem ao planeta. Estima-se que 9 bilhões de preservativos são vendidos globalmente a cada ano. Só este número já é suficiente para mostrar que temos que ter consciência ambiental também debaixo dos lençóis, certo?
Como o látex é uma borracha natural, teoricamente os preservativos de látex deveriam ser biodegradáveis. Só que para que sejam mais finos e confortáveis, os preservativos de látex típicos não são fabricados com borracha 100% natural pura. Em vez disso, eles podem conter uma mistura de látex derivado da borracha natural e sintético chamado poliisopreno que também não é biodegradável. Apesar disso, já existem no mercado opções de preservativos bem mais ecológicos.
Em um mercado que movimenta R$ 2 bilhões apenas no Brasil, segundo a ABEME (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual), as empresas de produtos eróticos têm se adaptado na produção de acessórios e preservativos “eco friendly”, os famosos produtos ecologicamente corretos.
A área de bem-estar sexual ganhou impulso no Brasil durante a quarentena com cada vez mais pessoas que se sentiram confortáveis em explorar sua sexualidade e marcas que vem proporcionando maior autoconhecimento e liberdade corporal às mulheres, além de estarem atreladas à sustentabilidade.
A aposta do setor são os produtos sem ingredientes de origem animal e cruelty free (aqueles produtos que não são testados em animais), sem plástico, biodegradáveis, produzidos localmente e com embalagens ecológicas, além de repensar materiais como o silicone biodegradável ao invés de plástico, PVC e borracha.
Para quem se preocupa com o uso de couro, que colabora para a crueldade e exploração animal, a aposta são produtos que trazem conceitos como upcycling, com chicotes e algemas feitos com câmaras de ar de bicicleta, por exemplo, que respeitam os direitos dos animais.
Além disso, as empresas também estão pensando mais na saúde dos consumidores, produzindo lubrificantes atóxicos e à base d’água, livres de glicerina, alérgenos e parabenos e compostos potencialmente tóxicos e alérgicos para o organismo humano. E também livres de fragrâncias sintéticas, conservantes e produzidos a partir de extratos botânicos orgânicos e veganos.
Já deu pra perceber que incluir a sustentabilidade na sua vida sexual não é nenhum mistério e nem um bicho de sete cabeças, não é mesmo? Felizmente vivemos em uma época onde o que não faltam são alternativas. Até porque, uma coisa é fato: não se proteger é sempre um perigo – para as pessoas e para o meio ambiente.
E você, pesquisaria por produtos eróticos mais sustentáveis? Afinal, sexo e sustentabilidade também têm tudo a ver.
Referências:
BBC BRASIL. Sexo eco-friendly? Como tornar sua vida sexual mais sustentável. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-59046528.
HARPER'S BAZAAR BRASIL. Ana Carolina Soares - Orgasmo ecológico. Disponível em: https://harpersbazaar.uol.com.br/estilo-de-vida/ana-carolina-soares-orgasmo-ecologico/.
YAHOO NOTÍCIAS. Mercado de produtos eróticos movimenta R$ 2 bilhões no Brasil. Disponível em: https://br.noticias.yahoo.com/mercado-de-produtos-eroticos-cresce-na-pandemia-150145176.html.