Pular para o conteúdo

Carrinho R$ 0,00
Carrinho
Seu carrinho de compras está vazio!
Voltar à loja

Venda no Marketplace da Green

Como as políticas ESG podem ser aliadas no combate ao greenwashing?

Como as políticas ESG podem ser aliadas no combate ao greenwashing?

Impulsionado por mudanças globais urgentes causadas pelas crises climáticas e pela busca de um mundo inclusivo, ético e ambientalmente sustentável, nasceu a sigla ESG, que deriva das palavras Environment, Social e Governance em inglês (ou ASG, em português para: ambiental, social e governança). 

A ideia não é nova, porque o planeta vem em constante transformação há bastante tempo. A sigla não é nada mais é do que a consolidação de um debate iniciado há mais de 40 anos na academia e nas discussões internacionais entre nações que já tinham como pauta importante os cuidados para com o meio ambiente e alguns fatores sociais. 

O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Banco Mundial, chamada "Who Cares Wins". O documento é resultado de uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras do mundo de como integrar os fatores sociais, ambientais e de governança ao mercado de capitais. 

Mas foi somente a partir de 2021 que este conceito se tornou prioridade no meio corporativo. Totalmente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a abordagem ESG é vantajosa por articular as agendas ambiental e social juntamente com a aderência a condutas exemplares de governança e, se tornaram hoje, questão de sobrevivência no mundo empresarial. 

A lógica por trás é bem simples! Quanto mais as empresas incorporarem comprovadamente às suas práticas os princípios ESG com transparência, mais sustentáveis se tornarão, gerando impactos ambientais e sociais positivos. Como resultado, um número maior de investidores engajados será atraído, agregando valor à marca e tornando a empresa ainda mais lucrativa, agora com propósito. 

 

Mas o que isso tem a ver com Greenwashing? 

Um dos pontos mais sensíveis nisso tudo é a transparência. Em meio à esta nova realidade, as empresas decidiram adequar seus processos e estão correndo para apresentar parâmetros ESG em seus relatórios. No entanto, é preciso cautela para que essas ações sejam de fato uma agenda de transformação e de impacto positivo para a empresa, seus stakeholders e a sociedade. Do contrário, essas ações mal executadas podem ser consideradas ao “falso ESG” ou greenwashing. 

Um dos obstáculos é a ausência de um padrão na apresentação e interpretação de métricas ambientais, sociais e de governança. Isso porque existem múltiplos formatos de implementação e indicadores (GRI, SASB, PRI, World Economic Forum, etc.). Esse fator abre espaço para o ‘greenwashing’ e prejudica a compreensão dos investidores e a comparação entre as companhias. 

O estudo “Divulgações de ESG no Ibovespa”, feito pela PwC Brasil e o Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes (Ibracon) identificou que cerca de 43% das empresas do Ibovespa não checaram seus relatórios de ESG verificados por auditoria independente. Já imaginou a quantidade de discursos que podem não ser traduzidos em transformações? 

O desafio é entender os critérios, saber como aplicá-los e com compromissos e metas tangíveis como redução de emissões de dióxido de carbono na produção, água de reuso em seus processos produtivos, política antirracista, aumento da participação feminina em cargos de liderança ou gestão de fornecedores com critérios objetivos e sustentáveis. 

Deste modo, adaptar-se à agenda ESG, representa um movimento não apenas na direção da ética, mas também na redução de riscos, como passivos ambientais e trabalhistas. E em tempos de vigilância sobre o tema, um falso envolvimento com ESG pode ser bem problemático. Maquiar dados, fingir uma postura ambiental e socialmente correta é aderir ao greenwashing, prática mais do que condenada no mercado. 

Para continuar existindo no futuro, as empresas precisam passar por uma transformação da qual não podem se esquivar. Significa não ser meramente um discurso ou apenas indicadores e palavras em um relatório. É necessário agregar valor a uma marca, engajar o consumidor, valorizar a companhia e criar um legado ao trabalhar por uma sociedade e um ambiente prósperos. 

 

 Referências: 

E-INVESTIDOR. Greenwashing? 43% das empresas do Ibov não checaram dados ESG em 2020. Disponível em: https://einvestidor.estadao.com.br/mercado/empresas-ibovespa-dados-esg-greenwashing

EXAME. ESG e Greenwashing: como mitigar o risco entre fornecedores e terceiros. Disponível em: https://exame.com/esg/esg-e-greenwashing-como-mitigar-o-risco-entre-fornecedores-e-terceiros

VALOR ECONÔMICO. Como evitar o greenwashing e gerar uma estratégia de valor ESG no agronegócio? Disponível em: https://valor.globo.com/agronegocios/esg/artigo/como-evitar-o-greenwashing-e-gerar-uma-estrategia-de-valor-esg-no-agronegocio.ghtml

Sale

Unavailable

Sold Out