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Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos: agroecologia como alternativa sustentável

Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos: agroecologia como alternativa sustentável

No dia 11 de janeiro é comemorado o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos. Os agrotóxicos, também chamados de Defensivos Agrícolas, são produtos químicos, físicos ou biológicos destinados à proteção de culturas agrícolas e dos seres humanos, com o objetivo de controlar as lavouras do ataque de insetos, plantas daninhas e doenças que atingem o ciclo de uma cultura, ampliando assim sua produtividade.  

 Apesar de já ser possível plantar sem o uso de defensivos agrícolas, em larga escala ainda não é possível fazer o controle adequado das pragas. Assim, se utilizados da forma correta, eles protegem a lavoura, evitando perdas no campo e escassez de alimentos.  

 No entanto, os impactos que os defensivos agrícolas podem ocasionar à nossa saúde e ao meio ambiente se evidenciam mais fortemente com o uso massivo e indiscriminado, associado a não seguir as normas de utilização desses produtos como dosagem, uso de equipamentos de proteção individual (EPI) durante todo o processo e destinação correta das embalagens utilizadas e/ou vazias.  

 Ao entrar em contato com a terra, por exemplo, os pesticidas contaminam o solo e reduzem sua fertilidade devido à perda de nutrientes. Ao atingir os lençóis freáticos, contaminam a água. Tudo isso pode levar à morte de insetos polinizadores e os inimigos naturais das pragas, levando ao surgimento de novas pragas e à resistência dos insetos. Além disso, com água e alimentos contaminados, os próprios seres humanos são afetados. Os efeitos podem ser diversos, desde náuseas a problemas crônicos, como hemorragias ou câncer, dentre outras doenças.  

 Responsável pela enorme quantidade de agrotóxicos usados no Brasil, a agricultura de monocultura em larga escala impulsiona ainda mais este uso com a sua expansão. Só para ter uma ideia, de todos os agrotóxicos consumidos no país, cerca de três quartos são usados apenas em três lavouras – soja, milho e cana-de-açúcar – segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E é essa agricultura empresarial que faz uso de mais máquinas e insumos químicos e menos mão-de-obra que é voltada totalmente para o mercado internacional. Em 2017, 78% de toda a produção de soja no Brasil foi para a China, por exemplo.  

   

Mas então, quem produz os alimentos que chegam à mesa do brasileiro?   

 A produção agrícola em larga escala com suas safras recordes não são as que chegam à mesa da população brasileira. O que pouca gente sabe ou conhece é que é a Agricultura Familiar a grande responsável por parcela expressiva da oferta dos alimentos básicos da mesa dos brasileiros. Quando se consideram alimentos consumidos no país, 70% vêm da agricultura familiar, segundo dados do último Censo Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São pequenos agricultores que plantam para abastecer a família e vendem o que sobra da colheita – como mandioca, feijão, arroz, milho, leite, batata.   

Diferente da monocultura, esse tipo de manejo do solo produz alimentos variados, com respeito ao solo e ao ecossistema, e é feito por brasileiras e brasileiros que tem a terra como sua principal fonte de sustento. São eles os responsáveis pelo consumo interno ao produzir cerca de 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 69% do abacaxi, 60% da produção de leite, além de 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.   

O Censo Agrícola indicou ainda que a agricultura familiar é a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, com suas produções diversificadas de grãos, proteínas animal e vegetal, frutas, verduras e legumes. Viu só como a agricultura familiar é essencial para o país?  

   

Mas aí você deve estar se perguntando onde entra a agroecologia nessa discussão, certo?  

 O que precisamos é ir em direção a sistemas alimentares mais inclusivos e eficientes e visando a proteção dos nossos recursos naturais. E a saída para o futuro é a Agroecologia. É ela que garante uma produção ainda mais verde, mais produtiva ao unir os saberes, integrar técnicas tradicionais de cultivo e novos conhecimentos e com a introdução de novas tecnologias mais limpas e insumos que são capazes de ofertar maior capacidade produtiva sem o esgotamento do solo.  

 É a Agroecologia que além de não utilizar os agrotóxicos para controle das pragas, respeita os processos da natureza e não provoca impactos na água, no solo e no meio ambiente. Assim, escolher alimentos agroecológicos é, além de cultivar hábitos mais saudáveis, respeitar o meio ambiente.  

   

Referências:  

CANAL AGRO. O que é agricultura familiar e qual é a sua importância? Disponível em: https://summitagro.estadao.com.br/noticias-do-campo/o-que-e-agricultura-familiar-e-qual-e-a-sua-importancia.  

GREENPEACE. No Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos, conheça a agroecologia. Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/no-dia-mundial-de-luta-contra-os-agrotoxicos-conheca-a-agroecologia.  

IPEA. Agrotóxicos no Brasil: padrões de uso, política da regulação e prevenção da captura regulatória. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/9371/1/td_2506.pdf. 

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