Educação Ambiental: A ferramenta mais poderosa contra a Mudança Climática
A sustentabilidade e as culturas regenerativas se apresentam como elementos necessários à cura do planeta, diante de um cenário crítico de mudanças climáticas que já impactam de maneira intensa nossas vidas e todo o meio ambiente.
A sustentabilidade é entendida como a capacidade de suprir as necessidades presentes sem afetar as necessidades das gerações futuras, em outras palavras, é viver buscando gerar o menor impacto negativo no planeta para que o mesmo esteja saudável para receber as gerações futuras – nossos filhos, netos...
Já as culturas regenerativas dizem respeito a um passo além – elas entendem que como as consequências das atividades e ações humanas no meio já estão em um estágio muito avançado, apenas reduzir o impacto negativo não será suficiente para melhorar o cenário das mudanças climáticas. É preciso que as atividades humanas passem a gerar impacto positivo ao planeta – esse movimento nos convida a entender nosso lugar no meio, nos reconectando com a natureza e despertando nosso senso de comunidade e responsabilidade.
São exemplos importantes desses elementos que se apresentam como importantes ferramentas curativas para o planeta: a agricultura regenerativa e a economia circular, que trazem em sua essência o ciclo de vida do planeta, onde nada se perde e tudo é reincorporado ao meio de alguma forma.
Mas para que tudo isso, de fato, aconteça, é necessário que tanto a sustentabilidade quanto as culturas regenerativas estejam alinhadas e presentes nas áreas de ciências, P&D (pesquisa e desenvolvimento) e inovação. Ou seja, a educação possui um papel primordial nessa “virada de chave” e despertar para um modo de vida mais sustentável, justo, equitativo e regenerativo.
A educação ambiental foi instituída pela Lei n° 9.795/1999; e é entendida como “processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”, segundo Artigo 1º dessa mesma lei. No entanto, mesmo havendo uma lei que ampare a existência da educação ambiental, ainda hoje existe muita discussão e controvérsias sobre sua aplicabilidade nas escolas.
A principal dessas discussões diz respeito a forma como a mesma estaria presente nos currículos escolares. É bem comum encontrar a educação ambiental como uma disciplina ministrada em tempos de aula pré-estabelecidos. Mas será que uma disciplina é capaz de mudar esse cenário de intensificação dos impactos das mudanças climáticas? Ou seria necessário que a educação ambiental fosse entendida de forma transversal a todo o currículo escolar, tangenciando todas as áreas de conhecimento?
A sustentabilidade se apoia em três pilares essenciais para que seja trabalhada e atingida de forma eficaz, sendo esses pilares os aspectos social, ambiental e econômico. E é justamente esse olhar que deveria ser lançado sobre a educação ambiental nas escolas, para que crianças e adolescentes possam ter a oportunidade de um aprendizado holístico e completo, entendendo que todos os elementos e áreas de nossas vidas estão interconectados e que sem um meio ambiente equilibrado, nada mais se mantém em bom funcionamento. Essa mudança cultural é essencial para que nós tenhamos uma nova chance nesse planeta.
Referências:
ABREU, Nathália. Como a Educação Ambiental é aplicada no Brasil? Autossustentável. Disponível em: https://autossustentavel.com/2018/02/como-a-educacao-ambiental-aplicada-brasil.html.
ABREU, Nathália. Você sabe o que é Educação Ambiental? Como ela contribui para uma sociedade melhor? Autossustentável. Disponível em: https://autossustentavel.com/2018/02/voce-sabe-o-que-e-educacao-ambiental-como-ela-contribui-para-uma-sociedade-melhor.html.