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Microplásticos: Um dos maiores problemas dos oceanos e como podemos enfrentá-lo juntos

Microplásticos: Um dos maiores problemas dos oceanos e como podemos enfrentá-lo juntos

Não é de hoje que os microplásticos estão sendo encontrados nos locais mais remotos do planeta. Já foi encontrado na neve recém caída da Antárticaem órgãos humanos como o pulmãona nossa corrente sanguínea e em muitos dos alimentos que consumimos, como frutas e vegetais. 

O estudo 'No Plastic in Nature: Assessing Plastic Ingestion from Nature to People' da Universidade de Newcastle, na Austrália, revelou que as pessoas consomem, em média, 100 mil pequenos pedaços de plástico, ou seja, cerca de 250 gramas por ano - o equivalente ao peso de um capacete de plástico. 

Por semana, são 5 gramas de microplásticos – o equivalente ao peso de um cartão de crédito – que transitam no interior de nosso organismo, com efeitos ainda pouco conhecidos para a saúde. Pesquisas em animais selvagens e de laboratório relacionaram a exposição a pequenos plásticos diversos tipos de disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. 

Essa contaminação está relacionada com microplásticos – pequenas partículas de plástico com menos de 5 mm de diâmetro – que vem se tornando o principal poluente dos oceanos. Plânctons e pequenos animais se alimentam desses microplásticos e ao serem comidos por peixes maiores, propagam a intoxicação. No fim da cadeia, quando o homem se alimenta desses peixes maiores, está ingerindo também o plástico e os poluentes que se acumularam ao longo da cadeia. 

 

 

Mas de onde vem tanto microplástico?

Os microplásticos são divididos em dois tipos:

Os microplásticos primários vem da fabricação direta e são liberados no ambiente como pequenas partículas. Estima-se que representam entre 15% a 31% dos microplásticos nos oceanos. São os Pellets (esferas usadas como matéria-prima para a produção de plásticos maiores) e as microesferas adicionadas intencionalmente em cosméticos, pastas de dente, esfoliantes faciais e outros produtos de higiene. 

Já os microplásticos secundários resultam da degradação de objetos maiores como as fibras oriundas de roupas sintéticas, carpetes e tapetes (35% dos microplásticos), desgaste pelo atrito de pneus como o asfalto (cerca de 28%), fragmentos de sacolas e garrafas plástica, redes de pesca e resíduos plásticos diversos como embalagens expostos às intempéries ambientais (raios UV, temperatura, umidade e ação das ondas). Eles contabilizam entre 69% a 81% dos microplásticos encontrados nos oceanos. 

A ameaça das roupas sintéticas

Estima-se que cerca de 90% dos microplásticos encontrados em ecossistemas costeiros estejam na forma de microfibras – e, desse total, grande parte seja proveniente da lavagem de roupas sintéticas. Isso porque, atualmente, cerca de 60% das roupas são fabricadas a partir de fibras sintéticas de plásticos, principalmente poliéster, poliamida, acrílico e poliolefina. Durante a lavagem das roupas, por meio do choque mecânico, as partículas de microplásticos se desprendem e acabam sendo enviadas para o esgoto, indo parar em corpos hídricos e no ambiente. 

Em um estudo precursor, utilizando três peças de poliéster – camisa, manta e um casaco com diferentes camadas sintéticas – foi detectado que, uma única lavagem libera mais de 1.9 mil microplásticos inferiores a 1mm. Estudos posteriores sugeriram emissões de fibras sintéticas entre centenas de milhares a milhões por ciclo. A quantidade de microfibras que se soltam em cada lavagem varia, principalmente, pela intensidade da máquina e o tempo de uso da roupa. 

Quanto mais intensa for a lavagem e quanto mais antiga for a peça de roupa, maior será a liberação de microfibras. Os resultados mostram que se cada habitante de uma cidade com população de 100 mil pessoas resolvesse lavar apenas uma peça de roupa sintética por dia, até 110 kg de microfibras poderiam ser lançados em corpos d’água. Isso é o equivalente a lançar 15 mil sacolas plástica nos oceanos por dia! 

Mas o dado mais assustador vem de cientistas de Hong Kong que indicam que as secadoras de roupas são as maiores fontes de poluição de microfibras de plástico na atmosfera. Estudos revelam que apenas uma secadora é responsável pela liberação de 120 metros de microfibras no ar a cada ano. 

 

Qual seria a solução para reduzir os microplásticos? 

No âmbito pontual, reduza o número de lavagens. Estudos apontam a maior parte das lavagens ocorre mais por hábito que de fato pela sujeira. Mais ainda: reduzir o número de lavagens também preserva a qualidade das nossas roupas no sentido de mantê-las com uma boa aparência por mais tempo. 

Precisamos também reduzir o consumo de sintéticos, valorizando fibras naturais e degradáveis como algodão, linho, lã, seda, juta, sisal ou coco e, sem o uso de produtos químicos tóxicos. Essas fibras se decompõem sem danos ao meio ambiente e são digeridas naturalmente pelos animais e convertidas em nutrientes. 

E você, o que está fazendo para diminuir a poluição plástica nos oceanos? 

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