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O Efeito Estufa: O Vilão por Trás do Aquecimento Global e seus Impactos no Planeta.

O Efeito Estufa: O Vilão por Trás do Aquecimento Global e seus Impactos no Planeta.

O Efeito Estufa é um fenômeno natural e necessário para a vida humana, pois é o responsável por manter a temperatura do planeta amena, para que nós possamos habitá-la. Sem este processo a temperatura média do planeta seria em torno de 18°C negativos, o que inviabilizaria a sobrevivência de diversas espécies.  

No efeito estufa, a radiação solar que atinge a atmosfera interage com uma série de gases que retém a radiação infravermelha da Terra. Esse calor absorvido provoca um aumento da temperatura da superfície do nosso planeta e da camada atmosférica que a rodeia, o que mantem a temperatura do planeta em um nível adequado para o desenvolvimento da vida. 

Esses gases são os chamados gases de efeito estufa (GEE), compostos principalmente por dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e vapor d’água, entre outros. O CO2 é o gás que tem maior contribuição para o aquecimento global, pois representa a maior parte das emissões de GEE e o seu tempo de permanência é de, no mínimo, 100 anos, resultando em impactos no clima ao longo de séculos. Já as emissões de metano e óxido nitroso são menores, porém seus potenciais de aquecimento são 28 e 265 vezes maior que o CO2, respectivamente. 

O grande problema é que a ação do homem, através de atividades como indústria, agricultura e pecuária intensiva ou transporte, principalmente queima de combustíveis fósseis e desmatamento, têm aumentado a concentração desses gases na atmosfera. Com uma maior concentração, forma-se uma barreira que retém mais radiação infravermelha e, como consequência, eleva a temperatura média da Terra. Deste modo, o efeito estufa deixa de ser apenas um processo natural e passa a ser o causador do aquecimento global e, consequentemente, das mudanças climáticas. 

O Acordo de Paris é um compromisso firmado em 2015 entre 195 países com meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aumento médio de temperatura global a 2ºC, quando comparado a níveis pré-industriais, com esforços para limitar esse aumento em 1,5°C e, assim, evitar as mudanças climáticas. Para isso, esses países precisam reduzir a quantidade de gases de efeito estufa (GEE) que liberam na atmosfera. 

E já sabemos que somente um esforço hercúleo de todos os países para mudarmos essa rota, uma vez que alguns dos chamados pontos de inflexão climáticos já são irreversíveis. Os pontos de inflexão são aquele limiar crítico em que acontecimentos podem levar a impactos climáticos em cascata e irreversíveis. Por esse motivo, a urgência é incontestável. 

Segundo dados da Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), o Brasil é o 5º maior poluidor atmosférico do mundo. A principal fonte de emissão de CO2 no Brasil são as mudanças no uso da terra, que são responsáveis por 46% das emissões do país. O processo de desmatamento e degradação florestal, com a retirada da vegetação nativa e a exploração de recursos naturais, gera a decomposição da matéria orgânica do solo, aumentando as emissões de GEE. Boa parte desse desmatamento tem como principal destino a pecuária. 

Outra enorme fonte de emissões de GEE no país é a atividade agropecuária, respondendo diretamente por aproximadamente 27% de todas as emissões do país. Grande parte desse total (64,6%) é proveniente das emissões de metano do processo digestivo dos herbívoros ruminantes (bovinos, ovinos, caprinos e demais). 

Com isso, considerando as emissões diretas e indiretas, incluindo o desmatamento, a agropecuária respondeu por cerca de 73% do total de emissões em 2020 no Brasil, segundo o inventário de emissões da SEEG – Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, iniciativa do Observatório do Clima. 

Só para se ter uma ideia, 8 dos 10 municípios que mais emitem gases de efeito estufa no país estão na Amazônia, motivada principalmente pelos desmatamentos, que, em 99,4% dos casos, estão relacionados a crimes ambientais. Em comparação, os 10 municípios emitiram juntos o equivalente a todas as emissões do Peru e da Holanda, por exemplo. Somente as emissões de Altamira se equiparam ao produzido pela Suécia ou Noruega, se a região fosse um país. Assustador, não? 

 

E como mudar isso? 

Existem diversas maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e os efeitos no aquecimento global e nas mudanças climáticas. Seja zerando o desmatamento e investindo no reflorestamento e conservação de áreas naturais, seja investindo em energia renovável ou aplicando técnicas para agropecuária de baixo carbono. 

E você pode fazer a sua parte, diminuindo o consumo de carne, principalmente a bovina, reduzindo seu consumo e dando preferência ao comércio local, reaproveitando e reciclando materiais e, repensar seu deslocamento, sempre que possível. 

  

Referências: 

AGÊNCIA FAPESP. O uso do solo e as mudanças climáticas. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/o-uso-do-solo-e-as-mudancas-climaticas

NATIONAL GEOGRAPHIC. Emissões de gases estufa aumentam no Brasil – atividades rurais lideram. Disponíveis em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2020/11/emissoes-de-gases-estufa-aumentam-no-brasil-atividades-rurais-lideram

ONU MEIO AMBIENTE. Você sabe como os gases de efeito estufa aquecem o planeta? Disponível em: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/voce-sabe-como-os-gases-de-efeito-estufa-aquecem-o-planeta.

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