Pular para o conteúdo

Carrinho R$ 0,00
Carrinho
Seu carrinho de compras está vazio!
Voltar à loja

Venda no Marketplace da Green

O futuro da moda: Slow Fashion, second-hand e upcycling

O futuro da moda: Slow Fashion, second-hand e upcycling

Você já parou para pensar onde e como foi produzida, quem são as pessoas envolvidas na fabricação e quais são os impactos de cada peça que compramos?  

As grandes marcas da indústria da moda trabalham com o modelo fast fashion em um ritmo rápido de produção, barateando a matéria-prima, a mão de obra e o custo final das peças, o que, consequentemente, diminui o tempo de vida útil dessas roupas. Quem nunca comprou determinada roupa com um preço extremamente baixo e, depois de usá-la algumas poucas vezes, teve que deixá-la de lado ou mesmo descartá-la? Pois é! Algumas dessas marcas de fast fashion chegam a lançar mais de 50 coleções de novos produtos por ano. Com esse ritmo, imagine as toneladas de resíduos descartados que ficam por aí, espalhadas em nosso meio ambiente. 

Cerca de 73% dos resíduos têxteis são incinerados ou jogados em aterros sanitários. Isso é o equivalente a um caminhão de lixo de roupas a cada segundo, enquanto 12% das fibras têxteis vão para a reciclagem – em sua maioria, são triturados para encher colchões, utilizados em isolamentos ou panos de limpeza. Menos de 1% é usado para fabricar peças de roupas novas, segundo dados do relatório "A new textiles economy: Redesigning fashion's future" (Uma nova economia têxtil: Redesenhando o futuro da moda), da Ellen MacArthur Foundation. 

A pesquisa ainda mostrou que o número de vezes que uma peça de vestuário é usada antes de ser descartada diminuiu 36% no período de 2000 a 2014. Além disso, estima-se que meio milhão de toneladas de microfibras são jogadas nos oceanos todos os anos, o equivalente a mais de 50 bilhões de garrafas plásticas. 

O relatório "A new textiles economy: Redesigning fashion's future" ainda revelou um dado bem impressionante. Estima-se que cerca US$ 500 bilhões são perdidos todos os anos devido ao descarte de roupas que, muitas vezes, tiveram pouco ou nenhum uso e sequer vão para a reciclagem – aterros e lixões são os destinos mais comuns. Afinal, desperdiçar recursos naturais é também desperdiçar recursos monetários. 

No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), são geradas todos os anos cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis, como sobras e descartes de tecido. Desse total, apenas 36 mil toneladas são reaproveitadas na produção de barbantes, mantas, novas peças de roupas e fios. O restante vai para incineradores e aterros/lixões. Somente em São Paulo, na região do Brás — considerado o maior polo de confecção de roupas do país — são descartadas, por dia, uma quantidade equivalente a aproximadamente 16 caminhões de lixo têxtil. São aproximadamente 45 toneladas e boa parte são sobras de produção. 

Na contramão dessa realidade nociva do processo de produção e de descarte, algumas iniciativas vêm crescendo bastante no mercado, seja pela mudança do comportamento do consumidor em relação às suas práticas de moda, seja pela pressão do mercado e de acionistas diante as pautas de ESG. 

 

Slow Fashion 

O movimento Slow Fashion (ou “moda devagar”, numa tradução literal) procura oferecer produtos com mais qualidade, de modo a estender ao máximo seu ciclo de vida, respeitando o meio ambiente, as matérias-primas e as pessoas responsáveis pelo processo, com condições regulares e justas de trabalho. Neste modelo, respeita-se o tempo natural das matérias-primas, procurando valorizar cada etapa do processo de produção de modo transparente e sem intermediários. 

O conceito do Slow Fashion busca uma moda mais regional ou de menor volume e produzidas em uma escala bem menor, de modo quase artesanal. Também conta com uma preocupação não apenas nas roupas: etiquetas e embalagens também fazem parte do Slow Fashion, sendo produzidos a partir de materiais recicláveis e biodegradáveis. Assim, esse movimento é focado não só no consumo consciente, mas também em uma maior visibilidade às questões éticas envolvidas. 

 

Brechós: o consumo de Second Hand 

O termo Second Hand, com tradução direta “segunda mão”, explora a revenda e curadoria de roupas usadas e seminovas. Uma prática que se tornou não apenas tendência, mas uma forma de ressignificar peças selecionadas com afetividade, a fim de promover uma moda sustentável e que faça sentido para quem consome. 

A ideia é promover um consumo de forma mais consciente e aumentar a circularidade das peças, dando uma segunda chance àquela peça esquecida no armário. Os famosos brechós estão intimamente ligados à ideia de consumo consciente e valorizam, sobretudo, os mercados locais e de microempreendedores, o que também é bastante positivo. 

 

O Upcycling: uma forma diferente de fazer moda 

O Upcycling trata de dar um novo uso a materiais que seriam levados ao lixo. A prática surge com o objetivo de ampliar o ciclo de vida desses itens, repaginando peças do vestuário para deixá-los ainda melhor. A ideia é reaproveitar materiais já existentes, como tecidos, aviamentos, roupas e várias outras coisas classificadas como lixo, ampliando a circularidade de produtos e materiais e estimulando os ciclos de manutenção, reparo e reforma, com o intuito de aumentar a vida útil dos produtos. 

Você pode colocar esse estilo de vida Slow Fashion em prática de diversas formas. Customizando suas peças em casa e se aventurando nas técnicas de upcycling, trazendo sua criatividade e habilidade manual. Ou então consumindo em brechós, buscando produtos já usados, mas que estejam em bom estado. 

 

Referências: 

ELLEN MACARTHUR FOUNDATION. Uma nova economia têxtil: Redesenhando o futuro da moda. Disponível em: https://ellenmacarthurfoundation.org/a-new-textiles-economy

FASHION REVOLUTION. Autenticidade e slow fashion – possibilidades e caminhos para um consumo mais consciente. Disponível em: https://www.fashionrevolution.org/brazil-blog/autenticidade-e-slow-fashion-possibilidades-e-caminhos-para-um-consumo-mais-consciente

POLITIZE. Slow Fashion e Fast Fashion: o que significam? Disponível em: https://www.politize.com.br/slow-fashion-fast-fashion/

Sale

Unavailable

Sold Out