A indústria da moda é uma das mais lucrativas no mundo e, ao mesmo tempo, uma das mais poluentes. Ela é a responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera, ficando atrás apenas do setor petrolífero. Também é a segunda maior consumidora de água no mundo, consumindo cerca de 15% de toda a água industrial do mundo. 

No entanto, o problema não se limita ao consumo de água: uma outra preocupação é a poluição hídrica. Com frequência produtos químicos perigosos são usados e descartados em nosso meio ambiente, causando danos aos ecossistemas e às pessoas.

O Fast Fashion potencializa esses impactos com o excesso de produção e o rápido descarte das peças. Estima-se que a cada segundo, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de sobras de tecido é queimado e descartado em aterros sanitários. Só no Brasil, são produzidas 9 bilhões de peças novas e descartadas 4 milhões de toneladas de resíduos têxteis por ano.

 

Indo na contramão de todos esses impactos

Vem crescendo na moda o modelo de economia e moda circular. Nele, há a valorização de cada etapa do trabalho e, principalmente, o reaproveitamento de descartes e dos produtos já usados. Uma das muitas formas de aumentar a circularidade é por meio do Upcycling. 

O Upcycling é uma técnica que dá um novo propósito a materiais que seriam descartados por meio da customização e do corte e costura. A ideia aqui é recuperar resíduos, em sua maioria desperdiçados, para criar novas peças e com novas funcionalidades. 

É mais do que reciclar, pois envolve ressignificar de modo a desenvolver algo de maior qualidade e valor agregado que aquele original que seria descartado. Um exemplo é utilizar retalhos de uma calça velha que estava no fundo do armário e que seria jogada fora e, dar um “up”, transformando-a em uma nova peça de roupa como um vestido. 

A prática estende o ciclo de vida da peça, aumentando a circularidade da matéria prima, diminuindo o consumo de energia e componentes químicos, comuns no processo de criação de roupas novas. 

Atualmente, o grande desafio da indústria têxtil é incorporar práticas de sustentabilidade e da economia circular em seus processos produtivos e, ao mesmo tempo, continuar se mantendo competitiva no mercado. 

Para colocar em prática essa nova abordagem, de uma economia mais circular em que você não só extrai, mas que você também coloca a roupa de volta ciclo produtivo, é necessário quebrar paradigmas e ter uma nova mentalidade com muita ação e prática.   

Que tal agora dar um novo recomeço a cada uma peça de roupa? Vamos fazer a diferença no mundo juntos!